Como todos sabemos, vivemos em um país onde grande parte da população é miscigenada e sendo assim descendentes, tanto de europeus, como indígenas e africanos. Logo, discutir as relações étnicas-raciais que construíram esse país deveria ser uma obrigação de todos, não importando sua origem ou etnia. São esforços que não só ajudam na luta contra o racismo como no reforço da igualdade racial e social. Sem dizer, que a introdução da literatura africana na sala de aula estabelece diálogos com outras literaturas e contribui para a quebra de preconceitos. Servindo também para a construção de uma educação antirracista e multicultural.
A África está fortemente ligada com o nosso país e é a fonte de muitos hábitos culturais que temos aqui até hoje como a capoeira e o samba. Além disso, compreender a África desfaz a noção primária de que naquele país só existe miséria, fome, doenças, guerras "tribais" e atraso. A riqueza cultural, artística e intelectual, bem como partes de uma historia tão complexa são deixadas de lado. Muitas pessoas não sabem que Angola, Cabo verde e moçambique tem como língua oficial o português. E, a introdução da literatura africana felizmente pode nos libertar dessas e outras ignorâncias em relação a realidade da África.
